domingo, 29 de dezembro de 2013

PERFIL DE EMPREENDEDOR


               



Hoje, eu com 57 anos, fico analisando a criança que fui e verifico o quanto eu tinha potencial para subir na vida se tivesse pais que se preocupassem com meu futuro.
Meu pai todos os dias antes de sair para o trabalho me dava uma moeda, eu nunca gastava.
Ia acumulando aquelas moedas e quando tinha o suficiente, comprava um saco branco, vazio, de açúcar que eu lavava e fazia panos de pratos, toalhas, para guardar como enxoval.
Quando me casei, criança ainda, aos 16 anos, tinha muito enxoval mal feito, trabalho de criança.
Mas não era só isso que eu fazia.
Desde meus 10,11 anos que guardava minhas moedas e numa ocasião arrumei o suficiente para comprar uma duzia de pés de alface, que sai vendendo na rua, e com esse dinheiro, comprei duas duzias e depois 3 e assim vai.
Eu vendia meus alfaces todos os dias e sempre tinha meu dinheirinho guardado.
Havia uma horta bem grande num lugar chamado Barreiro, onde alguns idosos plantavam verduras e era lá que eu ia comprar por "atacado" minhas duzias de alfaces.
Por muito tempo em minha meninice vendi minhas verduras, bananas, laranjas, etc.
Juntava latas também para vender, num trabalho que hoje é chamado reciclagem, mas naquele tempo era catalata mesmo.
Quando não estava vendendo, estava catando minhas latas pelo bairro e acumulando para vender no "atacado".
Chegava a juntar uns 10 quilos que era muito para uma criança pequena.
Sempre desde criança tive orgulho de ter meu trabalho e meu dinheirinho honesto...

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