sexta-feira, 22 de novembro de 2013

DOR EM DOSE DUPLA

A dor maior que uma mulher sente é a perda um um filho.
Eu, infelizmente passei por isso.
Ele era ainda um bebê, teria hoje 34 anos.
Meu marido na época era fanático por esportes.
Naquele tempo ninguém tinha telefone para receber um recado triste como esse da morte de uma criança.
Bem cedinho uma viatura da Polícia veio avisar da morte da criança, eu já sabia, tinha me levantado ainda de madrugada e ido até onde tinha um telefone para me informar do estado de saúde do bebê.
Ele estava internado já a 23 dias, naquele tempo não podia acompanhar a criança no hospital, eu ia visita-lo todos os dias.
Bem, como eu disse acima meu marido era fanático por esporte.
A Polícia avisou do falecimento as 6 da manhã.
No meio da tristeza que eu já estava e a confusão dos vizinhos que foram chegando meu marido some.
Todos preocupados com o sumiço dele, falaram até em suicídio.
Eu como já conhecia a criatura não me preocupei muito, nem tinha tempo para isso.

             






Não sabia como ir liberar o corpo.
As 8.30 aparece o marido todo lampeiro...
Pergunto onde esteve e ele todo animado me diz que tinha ido fazer a inscrição do time dele no campeonato da Prefeitura de Votorantim..
Fico estarrecida, saiu sem avisar naquela situação desesperadora?
Ele dispara: Claro se eu falasse você não deixaria ir e com esse velório eu ia perder a data da inscrição, tive que procurar um amigo para entregar a ficha de inscrição!!!

Conclusão: O corpo foi liberado quase na hora do almoço e o marido pode jogar seu futebolzinho sem transtornos!!!

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