segunda-feira, 18 de novembro de 2013

CARTA EM BRAILLE



  


Não me recordo o nome dela.

Morava em Barretos, num abrigo para cegos.
Sempre me escrevia em Braille e alguém traduzia a carta.
Sempre vinha a carta dela e a tradução.
Eu me prontificava a responder.
Ia até a Biblioteca Braille e pedia para alguém escrever em braille para ela poder ler.
Os assuntos eram poucos, a vida dela era um pouco parada.
Eu também não tinha muito a dizer mas era uma amiga querida.
Perdi o contato com ela também...
Acredito que o nome dela era Ernestina...
Não tenho muita certeza do nome.

Nenhum comentário:

Postar um comentário