terça-feira, 7 de setembro de 2021

Vou de caminhão

 Em minha infância era comum andar em carrocerias de caminhões.

Na Romaria de Aparecidinha tinha muitos caminhões recolhendo o povo nos anos 60.

Eu morria de vontade de vir de Aparecidinha de caminhão.

Meu pai nunca permitiu.

Achava muito perigoso.

E a gente enfrentava aquelas filas absurdas para esperar um ônibus à tarde e vir para casa.

Eram filas imensas que atingia talvez uns 500 metros e não era rápida porque os ônibus eram poucos.

Lotados!

Nem sempre com as portas fechadas.

Povo dependurado nos degraus.

Mas era mais seguro do que aqueles caminhões lotados de pessoas em cima.

Nisso meu pai tinha razão.

Ele se preocupava com nossa segurança.

Mas eu nunca ouvi falar de acidentes com o transporte precário na Romaria. 

Único caso estranho que ouvi ali foi sobre uma prima entrar no mato para usar feito banheiro e achar uma mulher nua desmaiada no mato.

Ela julgou que estivesse morta.

Mas nunca ouvi falar de uma mulher morta na Romaria.

Devia estar totalmente bêbada a mulher!!!


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