Em 1990 eu trabalhava na Cirandinha.
Saia do trabalho 22 horas.
A saida das costureiras era pelos fundos na Rua Jose Bonifácio.
Meu marido as vezes ia me buscar de moto.
Assim mesmo eu saia bem rápido para conseguir alcançar o ônibus das 22h10 que saia do Mercado Municipal.
Aquela noite nao foi diferente.
Eu sai rapidinho e quando estou chegando no calçadão da Barão uma moto encostou em mim.
Nem questionei.
Fui subindo.
Levei um choque,não era meu marido.
Um engraçadinho foi encostando e eu nem prestei atençao pelo fato de estar acostumada com a carona aquela hora sempre no mesmo lugar.
Desviei rápido da moto e sai correndo.
O cara foi até o Mercado Municipal me seguindo e perturbando.
Os tempos eram outros.
Se fosse hoje eu teria ficado sem o celular.
Aquele tempo eu nao carregava nada que pudesse ser roubado.
Só levava uma tesoura e um passe de ônibus que o patrão entregava na saida.
Fiquei mais esperta depois disso e passei a olhar com atenção na cara do motoqueiro antes de ir subindo na moto.
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