Em 1986 eu fui morar no Jardim São Mateus em frente o Presídio.
Era um bairro novo.
So havia minha minúscula casa no alto.
Meu marido trabalhava a noite e eu dormia sozinha com as crianças naquela casa deserta e sem muro.
Meu pai se preocupou e arrumou uma arma para eu me defender.
Aquela noite acordei com os cachorros atacando algo no quintal.
Muito barulho.
Levantei de fininho no escuro,abri o vitro do banheiro,subi numa cadeira e atirei para fora.
Acabou a confusão!
Silêncio total.
No outro dia como sempre lá vem meus pais me visitar as 9 horas como faziam diariamente.
Contei a ele o episódio da noite.
Ficou revoltado.
Achou um absurdo eu dar um tiro a noite.
Falou muito sobre minha falta de responsabilidade de atirar no escuro.
Pegou a arma e levou embora!
Era um revólver 32 com 07 balas.
No outro dia la vem o velho...
Chega de cara feia e me entrega uma garrucha com uma bala só...
Eu não entendi até hoje a troca da arma!
Porque um revolver com 07 balas não podia e uma garrucha com um único tiro podia?
Onde estava a segurança ali?
Naquele tempo era permitido ter armas.
Apesar que eu acho que deveria ter porte.
Por fim meu marido vendeu a garrucha a preço de banana e eu fiquei "sem proteção"
Nenhum comentário:
Postar um comentário