CORREEEEEE!!!

Quando conheci o Genne fiquei cheia de dúvidas.

Não pretendia viver com ninguém.

Gostava dele mas tinha medo de começar algo.

Única coisa que me animava um pouco é que ele não tem vícios e isso é muito importante para mim.

Enquanto eu analisava, estava sem contato com ele.

Aquele dia estava no Terminal Santo Antônio com uma amiga, aguardando ônibus para ir almoçar do outro lado da cidade.

Aí ela me cutuca e aponta numa direção.

Lá está ele tranquilamente ouvindo seu fatídico e inseparável rádio.

Eu nem parei para pensar.

Larguei a amiga e sai correndo.

Ela atrás sem entender nada.

Expliquei a ela que não pretendia me comprometer e nem ser mau educada, preferi fugir.

E fomos almoçar num local diferente do planejado e ele nem nos viu.

Continuou ali na calçada, provavelmente indo almoçar também.

E hoje quase 03 anos depois estamos casados!

Coisas inexplicáveis que a vida nos trás!!!

CORREEEEEE!!!

Quando conheci o Genne fiquei cheia de dúvidas.

Não pretendia viver com ninguém.

Gostava dele mas tinha medo de começar algo.

Única coisa que me animava um pouco é que ele não tem vícios e isso é muito importante para mim.

Enquanto eu analisava, estava sem contato com ele.

Aquele dia estava no Terminal Santo Antônio com uma amiga, aguardando ônibus para ir almoçar do outro lado da cidade.

Aí ela me cutuca e aponta numa direção.

Lá está ele tranquilamente ouvindo seu fatídico e inseparável rádio.

Eu nem parei para pensar.

Larguei a amiga e sai correndo.

Ela atrás sem entender nada.

Expliquei a ela que não pretendia me comprometer e nem ser mau educada, preferi fugir.

E fomos almoçar num local diferente do planejado e ele nem nos viu.

Continuou ali na calçada, provavelmente indo almoçar também.

E hoje quase 03 anos depois estamos casados!

Coisas inexplicáveis que a vida nos trás!!!

A MENTE BUGA AS VEZES!!!

O momento era terrível!

Minha filha n° 02 faleceu de enfarto fulminante.

Eu estava separada a alguns anos mas ela era muito amiga de meu ex.

Quando ele soube foi se informar na casa da filha n° 01, chorou muito e disse que estaria no velório que começaria de madrugada.

Bem cedinho eu estava ali e vi chegar a vizinha dele e dona do bar que ele frequentava ao lado da casa.

Cumprimentei a mulher e olhei se ele estaria junto.

Não!

Quem chegou junto com a mulher foi meu hoje marido, Genne.

Na hora não entendi nada.

Só alguns dias depois fiquei sabendo que eles estavam no mesmo ônibus e a mulher  perguntou a ele onde era o Velório da Ossel e ele informou a ela que estava indo para lá.

E acabaram chegando juntos ao local.

E o ex nem apareceu no local.

Coisas que buga a mente na hora!

Se ele tivesse chegado junto eu ia entender menos ainda.

No momento nem me passou pela cabeça que estavam no mesmo ônibus.

Nem eu tinha condições de analisar muita coisa naquele momento.

Eu nem esperava ele, Gene,porque estávamos nos conhecendo e ele nem teve tempo de conhecer minha filha.

COMO ENTENDER A DOR DO PRÓXIMO?

Eu o conheço a quase 40 anos.

Hoje ele vive em seu mundo cinzento,isolado.

Não incomoda ninguém.

Mas ele mesmo vive atormentado por seus fantasmas.

E são muitos.

Ali em seu isolamento ele conversa, briga,ri,xinga,chora.

Houve quem me dissesse que ele falava ao telefone com uma mulher.

Pela intensidade do diálogo diário.

Outro dia eu mesma comentei com ele, que ele fala muito ao telefone, e ele concordou que aquela conversa agitada tem um ouvinte do outro lado da linha.

Ocasionalmente ele me pede que coloque um crédito no celular, e é muito dinheiro para um celular inativo.

Sua vida se resume a conversar com seus fantasmas e fumar seu cigarrinho de fumo de corda.

Pela quantidade de bitucas na porta da casa acredito que são centenas por semana.

Ocasionalmente ele me pede que vá até o Mercado Municipal comprar quase 01 quilo de fumo de corda para ele.

E não dura muito aquilo.

Lá venho eu com aquela sacola enorme de fumo picado e entrego a ele.

E assim vamos seguindo e eu ajudando nas pequenas coisas.

Nunca consegui penetrar no confuso mundo em que ele vive,para entender sua dor!!!

OLHE, OLHE O TREM...

Hoje tive a oportunidade de ver um trem de carga.

Provávelmente transportando bauxita para a CBA.

Me deu uma saudade imensa de minha infância e dos momentos que vivi.

Quando criança me lembro de uma passagem de nivel na rua Venezuela e a guarita onde ficava o segurança.

A cada passagem de trem ele ficava no meio da rua sacudindo uma bandeira para alertar os poucos motoristas e carroceiros que passavam por ali.

Era o Joãozinho nosso vizinho.

Tenho uma saudade imensa desses momentos e hoje pude revive-los.

Encontrei até uma nova amiga com seu carrinho de sorvetes.

Trabalho que meu pai sempre fez.

Contei a ela que meu pai era sorveteiro e ela dispara: Ai que emoção!!!

Foi o suficiente para a emoção vir a tona e eu me afstar disfarçadamente para enxugar as lágrimas.

Olhe,olhe o trem.vem chegando na estação...

OLHE, OLHE O TREM...

Hoje tive a oportunidade de ver um trem de carga.

Provávelmente transportando bauxita para a CBA.

Me deu uma saudade imensa de minha infância e dos momentos que vivi.

Quando criança me lembro de uma passagem de nivel na rua Venezuela e a guarita onde ficava o segurança.

A cada passagem de trem ele ficava no meio da rua sacudindo uma bandeira para alertar os poucos motoristas e carroceiros que passavam por ali.

Era o Joãozinho nosso vizinho.

Tenho uma saudade imensa desses momentos e hoje pude revive-los.

Encontrei até uma nova amiga com seu carrinho de sorvetes.

Trabalho que meu pai sempre fez.

Contei a ela que meu pai era sorveteiro e ela dispara: Ai que emoção!!!

Foi o suficiente para a emoção vir a tona e eu me afstar disfarçadamente para enxugar as lágrimas.

Olhe,olhe o trem.vem chegando na estação...

À alguns anos crei um grupo no Whatsapp que tenho até hoje com os mesmos amigos.

Alguns sairam do grupo com o passar dos anos.

A intenção era interagir e fazer Ação Social.

Uma das primeiras interações era arrecadar alimentos para doar.

Um amigo hoje falecido doou bastante coisas.

Muitos amigos doaram.

Algumas pessoas foram buscar para mim.

Fiquei feliz!

Postei a foto dos alimentos arrecadados que chegou para mim.

Uma das pessoas falou que estava faltando pó de café e outras coisas que ela mandou.

Cobrei quem foi buscar e a pessoa alegou que não viu tais alimentos.

A impressão que ficou é que eu desviei tais alimentos.

O pior da situação foi saber quem tinha tirado as coisas para si e não assumiu.

Acabou a confiança em interagir com esse tipo de amizade.

Hoje essa pessoa não está no grupo.

Lamentável isso!!!

A cozinha masculina que já vi funcionando!

Receita masculina para fazer arroz:

Enche uma panela de água, lava o arroz e joga dentro.

Corta uma cebola e atira na panela.

Um pouco de sal.

Óleo?

Nem sei!

Receita para fazer frango ensopado:

Enche uma panela de água, lava o frango e joga dentro.

Joga cebola e sal e deixa lá para ver o que dá.

Aĥ! Não esquecer a massa de tomate também que tem que jogar na água!

Receita para ovo:

Enche uma panela de água e quebra o ovo dentro e seja o que Deus quiser!

Feijão: Deixa o feijão de molho .

Enche a panela de pressão com água e joga tudo que for encontrando na geladeira lá dentro.

Bife: enche uma panela de âgua e joga o bife lá dentro e joga uns temperos aleátorios para ver que bicho dá.

Como vocês viram, o segredo é uma panela cheia de água🤣🤣🤣🤣🤣

Eu a conheci quando criança.

Era uma mulher negra com muitos filhos,vivia sozinha com eles.

Pagava aluguel e trabalhava de sol a sol.

Que eu saiba nunca pediu nada a ninguém.

Foi uma heroina na vida.

Anos depois,já com os filhos criados, comprou um terreninho num bairro distante e construiu sua casa.

Hoje um excelente bairro.

À uns 10 anos atrás me lembrei dela e passei em frente a casa.

Tudo fechado.

Bati palmas,queria saber noticias dela já beirando os 100 anos.

Quem saiu correndo atender foi o vizinho do lado esquerdo.

Chamou por ela.

Ela veio atender.

Ele perguntou se ela me conhecia.

Sim!

É a Eva, sobrinha de dona Celestina!

Minha tia faleceu à muitos anos,eram vizinhas.

O homem se acalmou e eu entrei visita-la.

Tiro o chápeu para essa idosa guerreira!!!

Isso aconteceu por volta de 1978.

Eu atendi uma pessoa no portão de casa a tarde.

Estava muito sol e a pessoa ficou ali conversando e eu não conseguia encerrar a conversa para entrar.

Dali a pouco perdi o sentido da realidade e não sabia o que estava acontecendo.

Sei que alguém me puxava para ir em algum lugar que eu não sabia onde era.

Quando melhorei percebi que estava sentada na poltrona de minha sala e a mulher aflita tentando me reanimar.

Ela me disse que eu fui caindo no portão e ela me arrastou para dentro de casa.

Seria um desmaio que tive?

Não cheguei a apagar totalmente, só perdi o senso da realidade.

Até hoje tenho essa dificuldade de manter uma conversa longa.

Se fico atenta no que a pessoa está dizendo sinto tontura e vomito em seguida.

Será porque sou surda?

QUE RAIVA DELE!!!

Eu morava em Votorantim nos anos 70.

Tinha minha casa na frente e uma casinha que alugava nos fundos.

Morava ali um casal de meia idade, que os dois trabalhavam e só chegavam a noite.

Aquele dia eu estava costurando(como sempre) e vi um casal passar rápido.

Fiquei curiosa, olhei e não vi mais nada.

A casa estava fechada.

Mas eu tinha certeza que vi duas pessoas passar pelo corredor.

A tardinha estou sentada na sala vendo tv e sai o casal.

O homem olhou para minha sala e estacou sem ação.

Era um vizinho de minha sogra,recém casado, que estava ali traindo a mulher.

Ele pediu por favor que eu não comentasse que vi ele ali.

Com tantas casas para ele se enfiar veio trazer mulher bem ali.

Absurdo um jovem com poucos meses de casado fazer uma coisa dessas.

Eu nunca contei à ninguém o que vi...

QUEM TE SUPORTA, DONA EVA???

Eu à muitos anos enfrento o problema de labirintite.

Umas das coisas que me faz ter uma crise é ser monopolizada num bate papo longo.

Para mim é necessário silêncio e tranquilidade.

E passeando em grupo acabo sendo extremamente chata com as colegas de quarto porque me fecho totalmente e evito contato.

Acabo fazendo as atividades separada do grupo e em silêncio.

Isso me traź o recolhimento que necessito para curtir o passeio com calma.

Talvez esse isolamento seja uma coisa minha, porque no dia a dia vivo isso.

Meu "gato" sabe de minha forma de viver e não incomoda em nada.

Em meus quase 70 anos encontrei alguém que entende essa minha necessidade de paz.

Se eu sou muito chata como companheira de quarto só resta pedir desculpas às colegas.

Eu adoraria ter como companheiros pessoas reclusas em seu silêncio.

Para mim é quase impossivel interagir com simpatia.

Curioso isso em mim, não é a forma de viver de grande parte da humanidade.

Seria autismo moderado?

Esse recolhimento é que me faz feliz!!!

Nesse momento em viagem percebo que sou diferente e insuportável como companheira de viagem.

E se violentar minha forma de ser sei que a crise de labirintite vem e eu não aproveito o passeio.

E esse mesmo isolamento notei no guia local nessa viagem.

O guia da agência(Felipe) muito educado e simpático, mas o guia da cidade(Paulo) é reservado demais.

Eu vim delicadamente pedir para tirar uma foto com ele.

Resposta: Fique à vontade!!!

E fechou a cara e foi para bem longe de mim🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣

Essa aconteceu hoje e merece um texto.

Eu fui conhecer a casa que minha neta está construindo e iamos à pé pela rua de terra.

Gene ia devagar atrás de nós.

Parei, olhei para trás e falei: meu Gato ficou para trás!

Rhuan meu bisneto de 03 anos parou,olhou e falou: Cadê o gato?

Todo mundo riu e eu expliquei que o vovô era o Gato.

Mais tarde levei ele no bar e fiquei na porta conversando com a dona do bar.

Ai perguntei: Cadê meu gato?

Ele olha rápido para o vovô.

Aprendeu que tem um vovô Gato!!!

Ela morreu

ELA MORREU!

Fazem muitos anos já!!!

Eu fui na Receita Federal que era na Rua Alvaro Soares.

Estava ali na fila aguardando minha vez para tirar informações já a alguns minutos, fila enorme.

Ai a mulher que estava em minha frente cai no chão.

Criou um alvoroço ali e na época ficava um policial na rua comandando o trânsito que já era caótico.

Correram na rua e pediram ajuda ao policial, ele parou uma Brasilia que estava passando e exigiu socorro para a mulher.

Perguntou quem iria acompanhar.

Ninguém se manifestou.

Eu me ofereci: Eu acompanho!!!

O motorista foi xingando até o Hospital Regional por ter sido parado para fazer o socorro.

Chegando lá corri pedir ajuda avisando que a mulher parecia morta.

Socorreram imediatamente e realmente a mulher tinha falecido.

Ai fiquei lá com a bolsa da mulher e sem saber o que fazer.

Era tudo precário naquela época.

Tinha ouvido alguém comentar que ela morava em Vila Progresso.

Tomei um ônibus e fui até lá.

Peguei a carteira profissional da mulher na bolsa e fui perguntando para as pessoas se a conheciam.

Num bar me informaram que ela morava num barraco lá embaixo.

Provavelmente onde hoje é o Parque das Águas.

Encontrei!

Ela morava nos fundos da casa de um parente.

Expliquei a situação e chamaram o marido dela que estava no trabalho ali por perto, os filhos dela chorando,um cachorro me atacou no quintal, maior tumulto.

A mulher havia trabalhado a noite e ido de manhã fazer o cpf, (antigo cic).

Acompanhei o marido dela ao Hospital Regional e fui para casa após.

No outro dia fui ao velório que era na antiga Ofebas na Rua Artur Gomes.

A mulher tinha 32 anos e teve um infarto fulminante, sem razão aparente.

sorocaba ontem

O ano era 1973!

Eu morava em Vila Rica.

Ai fui ver alguma coisa que não me lembro o quê lá em cima próximo ao Jockei Clube.

Atual Paço Municipal.

Subi por um loteamento abandonado no mato e sai na Catu em uma rua de terra e continuei subindo.

Era uma chácara deserta que eu cansei de bater palmas e acabei tomando coragem e entrando pela porteira.

Havia logo abaixo da porteira uma casa em ruinas exatamente igual a que temos preservada no Zoológico hoje.

Era uma casa de taipa de pilão abandonada e mais para o fundo da chácara havia uma moradia simples com caseiros.

Me atenderam e me lembro de ter comentado sobre a casa histórica no local.

Infelizmente não foi preservada.

Estava ruim mesmo a mais de 50 anos.

Essa chácara ficava na atual Avenida Carlos Reinaldo Mendes aproximadamente onde está o Forum hoje ou um pouco antes desse local.

Alguém se lembra disso?

Alguém conheceu a tal chácara?

Sorocaba

Sorocaba já foi tão diferente!

Em 1973 eu me mudei em Vila Rica.

Um bairro pobre, ruas de terra,sem luz elétrica.

Ônibus Vila Rica de hora em hora.

O ponto de ônibus ficava na Rua Major Barros França que era de terra.

Essa rua começava em frente a Metalurgica N.S. Aparecida e ia até o Jockei Clube.

(Quem consegue localizar hj?)

Atrás de minha casa passava um córrego com uma pinguela que ia dar num loteamento cheio de mato e curiosamente havia sido asfaltado, mas o mato tomou conta do asfalto deteriorado.

Esse loteamento era ao lado da Catu.

Hoje Jardim Abaeté?

Na mesma rua da Catu havia um conjunto de casas todas iguais.

Quando se vinha de Aparecidinha em Julho o ônibus passava em frente essas casas.

Únicas ali.

Se não me engano essas casas pertenciam a Metalurgica N. S. Aparecida e foram vendidas nos anos 70 para funcionários da fábrica.

Meu marido trabalhava lá e eu sonhei em conseguir uma.

Mas me parece que foram sorteadas( Se eu não estiver enganada)

Essa rua hoje é a principal Avenida do Jardim Saira.

(Esqueci o nome)

E essas lembranças às vezes me invadem a noite quando estou sem sono e fico recordando...

a mandioca

Minha filha se casou bem novinha.

Morava ao lado de minha casa.

Aquele dia meu genro aparece com uma panela com alguma coisa esquisita, mandando eu olhar.

Não entendi o que era aquilo.

Ele explicou!

Comprou mandioca e minha filha cozinhou...só não sabia que tinha que descascar🤣

Eu sempre cuidei das coisas de cozinha e ela ignorava tudo de fogão.

Vamos lá!

Minha mãe havia ficado viúva e estava eufórica porque ficou com liberdade e um dinheirinho.coisa que ela nunca pode ter dentro do casamento.

Ai queria ir em Barueri visitar a irmã.

Não tinha endereço e nem fazia idéia de onde era.

Mas com muita dificuldade foi lembrando algumas coisas.

O nome do bairro.

O que havia como referência perto.

Única coisa que ela lembrava é que o ônibus circular subia um local bem inclinado e descendo do ônibus era a rua à esquerda.

Fui com ela!

Tomamos o tal ônibus e bem depois ele começou a subir.

Perguntei: É aqui?

Não sei!!!

Desci

É essa rua a esquerda?

Não sei!!!

Fui andando e perguntando se as pessoas conheciam minha tia.

Ninguém!!!

Ai já quase desanimando ela grita: Olhe ela lá!!!

Ví uma senhorinha miudinha colocando roupas no varal.

Eu não a conhecia, a família ficou separada por muitos anos e naquela época estavam se reencontrando outra vez.

Fomos bem recebidas e minha tia mandou entrar.

Quando passei pela porta dei uma batida tão violenta na cabeça que quase desmaiei.

Havia uma viga de cimento em cima da porta mas foi pensada para baixinhos.

Não deu altura para mim com 1.60 m.

Foi a única vez que vi essa tia, pouco depois ela faleceu.

Meretricio?

Em 1974 meu pai comprou uma casa em Vila Angelica.

Eu não conhecia esse lado da cidade.

Ai meu pai foi em minha casa e explicou do jeito dele onde era a casa e o dia que se mudaria.

Não deu endereço.

Não tinha como errar!

Era atrás do Aeroporto.

Eu trabalhava e no dia da suposta mudança sai do trabalho e fui procurar a casa seguindo as "orientações" dele.

Desci na Avenida Angelica e segui em frente, achei o Aeroporto e contornei.

Um lugar horrivel,no meio do mato.

Uma rua de terra,poeira do cão!

E os poucos carros que passaram e um caminhão também buzinavam escandalosamente.

Fiquei com medo!

Retornei!

Preferi dar uma volta na frente do Aeroporto que era mais seguro.

Descendo vi a mudança de meu pai jogada numa casa.

Ele havia mudado sem pegar a chave da casa e havia moradores ali que estavam no trabalho.

Ele teve que ficar na rua até sei lá que horas.

Depois que entendi as péssimas explicações dele, descobri que eu estava indo em direção à Vila Santa Clara, por isso o buzinaço naquele local deserto.

Era o famoso Inferninho!

Ponto de prostituição famoso à epoca!

Graças à Deus eu preferi retornar daquele lugar horrivel e suspeito!

Hoje um bairro bom e todo asfaltado!

O cabelereiro

Me lembrei dele!

Faz muitos anos.

Acho que foi no ano 2000.

Eu acompanhava o Programa Paulo Silas.

Namoro no Rádio.

Como eu vivia sozinha as vezes ouvia alguma carta e respondia.

Escrever era meu hobby num tempo que não havia internet( e até hoje escrevo muito)

Aquele dia apareceu uma carta que um homem que se dizia cabelereiro, acredito que morava em Vila Jardini, segundo a carta.

Escrevi a ele e passei meu telefone fixo.

Ele me ligou e marcamos de nos conhecer.

Acredito que me encontrei com ele por perto do correio.

Era um boyzinho esquisito tipo o falecido cabelereiro Silvinho dos programas de tv.

Ele se encaminhou para uma pequena lanchonete na Rua Santa Clara.

Entrou, sentou, pegou um suco e me ignorou.

Eu fiquei pensando o que exatamente ele procurava.

Seja o que for não servia para nenhum dos dois.

Me despedi e fui embora.

Não lembro sequer o nome dele!

Chato

 Eu o conheço a muitos anos.

Muitos mesmo.

Mais de 40 anos acho.

No ano 2000 ouvindo um Programa de Rádio me deparei com uma carta dele procurando uma namorada.

Foi antes de eu conhecer o cego.

Escrevi a ele!

Passei meu telefone e ele me ligou.

Achei o extremamente chato e difícil.

Me disse que não queria uma mulher divorciada mas sim solteira e sem filhos.

Direito dele!

Fico imaginando se ele encontrou a mulher que tinha em mente.

Mas pelo teor da conversa eu achei que seria muito complicada a convivência com ele.

Ele nem chegou a saber quem eu era.

Escrevi com um nome diferente para me preservar e pelo mal estar que senti na conversa nem chegamos a manter a amizade.

Como a gente consegue se sentir tão mal numa conversa apenas, com uma pessoa que a gente vê a anos no trabalho.

Um dia ainda abordo ele numa boa e tento saber algo sobre ele!!!

SE MEU FUSCA ANDASSE!!!

Tive um fusca branco que nada funcionava nele.
Um dia trabalhando na campanha eleitoral deu uma chuva à tarde e eu tive que abandonar o trabalho.
O problema foi vir embora com aquele fusca.
O infeliz até rodou aquele dia mas sem limpador de parabrisas naquele temporal.
Eu vinha devagar com a janela aberta tomando a chuva e olhando pela janela se a pista estava livre.
Isso depois de esperar parada um tempão que a chuva passasse.
Desisti e fui dirigindo na chuva com a visão que eu tinha da janela.
Cheguei em casa ensopada.

Eu sempre saia com meu Fusca.
Levava o Fabiano comigo.
Um adolescente vizinho à época.
O Fusca andava um pedacinho e parava.
Fabiano descia empurrar.
Carro pegava e eu manda Fabiano correr atrás.
Mais o Fabiano corria atrás que andava de fusca.
Por fim ele disse: Fia não vou mais sair com você!!!



Um dia fomos no Parque das Aguas com o Fusca.
Carro lotado e nao andava.
Parava e as meninas desciam empurrar.

• Chegamos no Parque das Aguas à base de empurrão.

Na volta nao teve jeito!
Tive que chamar o mecânico para rebocar o carro!

Olha a Mel!

Ele estava sempre chapado.
Eu suportava mas exigia respeito.
Ai arrumei uma cadela a Mel.
Ele chegava bêbado e xingava a Mel de tudo que ia lembrando..
Eu protestava.
Ele dizia:
-----Nao e você amor,e essa cadela ... 
E desandava com os xingamentos.
A cadela ficava olhando sorridente.
Acho que gostava da atençao que ele dava infernizando ela.
Eu ignorava porque sabia que ele era doido!!!

Genne chegando!!!

 Eu o conheci na Chácara do Idoso e ele passou o número do celular para mim mas disse que estava quebrado.

Alguns dias depois passei um bom dia no WhatsApp para ele.

Não me respondeu!

(Depois descobri que ele nem sabia ver)

Aquela noite uma mulher me ligou e perguntou quem eu era.

Eu disse que era a Eva!

Ela perguntou de onde eu a conhecia.

Ficou meio confusa a conversa e eu descobri que ambas se chamavam Eva.

Era a irmã dele ligando a pedido dele para descobrir quem era a pessoa que havia passado a mensagem a ele!!!

Ele era o Genne!!!

Depois de muitos desencontros ficamos juntos e hoje ele sabe usar celular🤣🤣

QUE CASA LIMPA!!!

Muitas vezes fui convidada a visitar a casa dela.

Era a década de 70 e eu tinha criança pequena.

Evitava levar na casa dos outros, porque criança não é muito confiável.

Aquela tarde fui na casa de minha cunhada que era ao lado e resolvemos ir lá.

A rua era de terra, sem asfalto.

Quando ela abriu a porta já vi que tinhamos um problema.

Casa excessivamente limpa com chão de vermelhão.

Limpissimo, brilhando.

Tiramos nossos sapatos e eu pulei direto no tapete.

Quando passei pela porta esbarrei na cortina e tomou um vaso alto e fino que estava encostado ali.

Ficamos conversando um pouco e ela ofereceu um café.

Nos convidou para a cozinha.

Eu nem imaginava como pisar naquele chão.

Fomos!

Ela serviu café e um copo de leite para minha filha.

A menina vou pegar o leite e virou um pouco no chão.

Ela ficou desesperada e correu pegar um pano para limpar.

Eu extremamente embaraçada,pedi desculpas,me ofereci para limpar.

Ela mesma limpou e lustrou o chão vermelho que era moda, mas nada prático.

Tomei o café rapidamente e fui embora o mais rápido que pude.

Nunca mais visitei ela!

Casa simples mas muito certinha.

Conforto zero para viver ali!!!

SAI PRA LÁ!

SAI PRA LÁ CARA DE PAU!!!

Eu costurava muito para sobreviver.

Aquele dia um casal chegou trazendo 04 calças sociais para fazer.

Eram pessoas da familia.

O homem pediu que eu fizesse duas e avisasse que ele viria buscar.

Avisei!

Ele veio sem a esposa.

Chegou com um assanhamento extremo.

Eu morava sozinha.

Me senti mal com a situação.

Cortei como pude e o acompanhei ao portão para despacha-lo.

Ele estende a mão para se despedir.

Agarra minha mão e morde.

Eu fiquei indignada.

Pedi a ele que não viesse mais buscar as calças que restava.

Eu levaria na casa dele e entregaria para a esposa.

Ele não gostou! 

E pelo tempo que viveu após esse fato nunca mais me tratou bem e nos vimos várias vezes porque erámos parentes.

Pega na minhoca

Fui para o rio com o ceguinho.

Ele me pede

Pega na minhoca

Pega na minhoca

Pega na minhoca

Não vou pegar

Não pego não

Deixa pra lá

Isso não e bom

Se for pegar,não pesco não!

Não pesco não

Influencer

 Eu sou uma pessoa muito linguaruda.

Quando vejo as coisas que acho erradas acabo falando para amigos e familiares sem travas na língua.

Aquele dia eu estava na casa de um parente conversando com a esposa.

O marido na igreja.

Aí ele chegou!

Vestia uma camisa de mangas curtas de tecido camuflado...com gravata!

Levei um susto!

A igreja tem por norma ser neutra em assuntos políticos e eu achei que o tecido camuflado remetia ao Exército!

Falei que aquela roupa estava sem sentido para uma reunião cristã.

A esposa disse:Nossa... está tão bonito!!!

Realmente camisa camuflada de tecido do exército com gravata e a roupa ideal para uma pessoa usar😂😂😂😂😂😂

Na minha cabeça gravata só se usa com camisa social de cor neutra!!!

Mas quem sou eu para discutir moda?

Não sou nenhuma influencer,só xereta mesmo para dar palpites em looks ridículos!!!

Que noite!

 Eu morava a algum tempo no Acampamento.

Como sempre comento a gente tinha um grupo de amigos que se reuniam todas as noites para cantar e tocar violão.

Ele fazia parte e posteriormente viemos a viver juntos.

Aquela noite era dia 23/06 e estava um frio terrível.

Ficamos reunidos no barraco da Natália.

Ele se sentou ao meu lado e me abraçou para me aquecer e ali ficamos.

Umas 21 horas decidi ir embora.

Ele implorando para eu passar a noite com ele como sempre fazia.

Por fim acabei topando.

Passaria a noite no barraco dele.

Foi uma noite inesquecível 🤣🤣🤣🤣🤣

Quando entrei percebi que havia duas camas improvisadas com varas de bambu.

Era bem estreita.

Decidimos que cada um dormiria em uma.

Quando me deitei percebi que não tinha colchão.

Só tinha um tapete dobrado em cima das varas.

Com aquele frio de matar e só tinha um cobertor leve.

Quando me cobri vi que havia um rasgo bem no meio do cobertor.

Passei uma noite de cão naquele frio e com aqueles bambus machucando as costas.

Ele dormiu na outra cama.

Umas 5 horas da manhã se levantou para trabalhar e jogou um acolchoado em cima de mim.

Consegui me aquecer um pouco e dormir.

Acordei bem tarde.

Resultado: Como sair dali?

Era proibido entrar em barraco de homem!

Espiei como pude e fugi dali rápido e fui dormir em meu barraco o dia todo para me recuperar da noite de cão que passei ali!!!

Algum tempo depois decidimos morar juntos mas aí eu levei um sofá cama de casal e cobertores que eu tinha em minha casa em outra cidade.

Levei um fogão também e gás!!!

Que mico

 Eu troquei cartas com ele a muitos anos atrás.

Era de minha cidade.

Eu tinha 43 anos e ele 40.

Marcamos de nós conhecer.

Eu marquei um local no bairro e iríamos numa lanchonete.

Ele veio com um fusquinha branco.

Já de cara o "santo não bateu".

Entrei no Fusca e ele perguntou onde iríamos.

Onde combinamos por carta!

Ele não gostou.

Devia ter outros planos.

Rodou um pouco em silêncio pensando.

Aí me disse que tinha acabado de lembrar que tinha uma festa de aniversário dali a pouco.

Ok.

Podemos ir.

Mas ele se lembrou também que teria que ir sozinho.

Ok.

Me leve no local que me encontrou!

Ou eu desço aqui mesmo.

Deu meia volta e voltamos ao ponto de partida.

Nunca mais vi ele,não escrevi mais e nem recebi cartas dele!!!

Genival

Genival me ofereceu um pinto

Quero não,Genival!!!

Mas o pinto é bom

Quero não, Genival!!!

Pinto cresce e fica um galo bom

Quero não Genival!!!

Vai perder esse pinto bom?

Quero não, Genival!!!

Galinheiro precisa galo bom

Quero não, Genival!!!

La na roça precisa bicho bom

Quero não, Genival!!!

E porque dispensa um bicho bom?

Come muito e gasta muito em vão

Quero pinto não!!!

Quero pinto não!!!

Galinheiro como está,tá bom!!!

Quero bicho ñão!!!